Constatações


No período de novembro de 94 até estes meses de 2010, ocorreram muitas coisas comigo e todas com uma enorme intensidade: perdas, descobertas, constatações, viagens irreversíveis e claro: muitos desapontamentos.

Neste ano de 2010, vulnerabilidade e mais ação predominam num ambiente não muito diferente. Os olhos mais atentos e o alcançar da idade, facilitam um melhor olhar sobre as pessoas.

Será que me tornei mais místico ou deixei de acreditar nos falsos amigos, falsas promessas e pessoas dúbias ?

Não sei dizer. De qualquer maneira não precisarei citar tudo aqui pois os verdadeiros amigos e pessoas que estiveram comigo neste período, compartilharam comigo disto tudo. Disse os verdadeiros amigos.

Mas entre tantos "ocorridos" gostaria de citar algumas coisas que carrego comigo e me dão sempre a nítida sensação de conforto, que mexe com meu emocional e espiritual, também.

Carrego comigo que, a única maneira de você descrever verdadeiramente o ser humano é através de suas imperfeições. O ser humano perfeito é desinteressante.

Uma outra convicção é a de tolerar a existência do outro, e permitir que ele seja diferente ainda é muito pouco.

Quando se tolera apenas se concede, e essa não é uma relação de igualdade, mas de superioridade de um sobre o outro.

Acredito que deveríamos criar uma relação entre as pessoas da qual estivessem excluídas a tolerância e a intolerância.

Descrever-me seria como dizer que as vezes sou temporão de uma geração anterior e em outras situações (como a que vivemos agora) primogênito de uma situação que está por vir.

Sem nenhuma pretensão, posso afirmar que neste momento onde você lê isto, que você está me vendo
na " minha melhor nova safra, no meu melhor momento em meu melhor instante" Se não me vê assim, é pelo simples fato de você não estar mais ao meu lado.
Se voce que está, sabe do que estou falando. Risos.










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Fim de 2010


Fim de ano.


365 dias se passaram.


Este ano foi pesado, longo, decepcionante em relação ao comportamento das pessoas, triste pelas partes de mim que se foram em breves e doídas passagens e decepcionante pelas partes de mim que ficaram em que nunca até então havia passado e sequer teve noção disso.

E a vida neste ano me proporcionou com um dia a mais a cada um que imagino já ter acabado.


Sofrer em dose dupla, diria.

Foi um dia a mais para sentir saudade, para dar um abraço, um dia a mais para sonhar, para amar, para beijar, um dia a mais para tentar, ser feliz, esquecer, lembrar ou um dia a mais para viver só de amor.

Tive um dia a mais a cada um que passou para confirmar que as pessoas e suas essências, comportamentos e atitudes pequenas se coadunam.

Desses 365 dias alguém esteve em todos, mesmo quando não estava, mesmo quando não quis estar, mesmo quando este alguém não quis que e eu estivesse.

Foi esse alguém quem tornou meu já antigo ano-novo feliz, renovou meus dias velhos e anotou uma esperança diária na minha agenda virtual, onde marco todos os compromissos que eu abandonaria facilmente para te ver por mais um dia.

31 de Dezembro.

Não tem jeito, vem ligeira aquela tristeza sorrida que a gente esconde no peito durante todo o ano e que agora a falta de correria nos permite sentir.

Comigo não é diferente.

Faço planos, traço metas, arrependo, orgulho, agradeço e peço.

Escrevo em um papel tudo que eu quero esquecer, queimo e piso em cima, em um ritual que parece até algo estranho, mas na verdade é um pedido divino para eu aprender com a dor e crescer.

Esqueço o que foi triste, me esforço para ver tudo de um jeito que fique bonito e sigo.

Depois, pulo as ondas de um mar imaginário, como, apenas no pensamento, as lentilhas que eu detesto, guardo, na carteira que eu perdi, os caroços de romã, e conto os segundos, no relógio que eu não uso, para celebrar a chegada de novos dias.



Ano-novo, vida nova!

Preencho meu coração de alegria e aposto tudo nesses novos 365 dias.

Peço amor, amizade, saúde, paz, felicidade, lealdade,honestidade e sinceridade de quem se diz amigo, força e dinheiro.

Só não peço um amor novo porque ainda tenho medo.

Calma! Não é o típico medo.

É medo de ganhar no ano-novo alguém que me ame menos, que me faça arriscar menos, sorrir menos, sofrer mais, viver menos, desejar não mais dias, mas menos dias.

Não é que eu sou tão generoso que quero um ano-novo para viver amando só uma pessoa.

Talvez eu seja é muito egoísta.

É isso!

Sou tão egoísta que eu não quero é dividir com mais alguém o amor que só entrego quando amo.

E apago todos meus outros pedidos para pedir só por alguém, por mais anos e anos e anos.

Pena que demora tanto tempo para um novo ano novo chegar novamente e eu ganhar mais um dia ao lado de quem apenas quero ser feliz.



Feliz 2011 para mim, feliz 2011 para você!

Um ano de muito amor é o que eu desejo, é o que eu mereço e vou buscar, a cada dia, no dia-a-dia, a cada momento em que eu viver e sonhar, com o próximo dia em que eu sei que vou ter.


Só que vem o medo.

É medo de ganhar no ano-novo alguém que me ame menos, que me faça arriscar menos...enfim. Não vou ser repetitivo.

Reflexo das marcas que ficaram em mim.


Não sei viver com o "menos".


É 2011.

Já aprendi demais.