Para sempre 2014



Este ano está terminando feliz. Uma constatação positiva diante de grandes atropelos. Finalmente perdi alguns medos, se bem que novos batem à porta. Conheci lugares meus que estavam trancados no escuro, libertei algumas crenças, abri a janela para alguns traumas voarem. Já estava mais do que na hora deles partirem. Já estava mais do que na hora de eu encontrar meu outro lado já esquecido. Este ano está terminando feliz: foi o ano que eu mais cresci como ser humano. 


 Beijos 2014




Obrigado 2014






Ano novo para mim, é dia de gratidão. Dia de fechar meus olhos e agradecer por tudo que venho aprendendo. Por tudo que superei. Por tudo que guardei e esperei o tempo ajeitar. Por todos que eu aprendi a amar e por aqueles que me devolvem esse amor, todo dia. Por toda a paciência, benevolência e misericórdia que vem do Alto. Pela minha vida e por poder doá-la a algumas pessoas, mesmo que eu ainda me atropele fazendo isso.


Que todos vocês tenham um ano incrível. Novos amores, novos trabalhos, amor em excesso. Nada da falta de amor! Prometem ?No mais, que os abraços sejam verdadeiros, os sorrisos sejam sinceros e o amor não seja apenas compartilhado na mesa, mas nos outros dias do ano.





Amor, gente! Só precisamos disso!





Happy 2015 para você leitor, amigo, assinante do feed outraspalavras, assinante do rss e ricos contadores de histórias, todas guardadas aqui e que sempre deixam valiosas digitais em mim❞




Recifes de Marina

















" A razão porque mando um sorriso

E não corro

É que andei levando a vida

Quase morto

Quero fechar a ferida

Quero estancar o sangue"

Buscas






E o amor?, você me pergunta. O amor, ah, sei lá. O amor nem dá pra definir direito. Acho que é um desejo de abraçar forte o outro, com tudo o que ele traz: passado, sonhos, projetos, manias, defeitos, cheiros, gostos.



Amor é querer pensar no que vem depois, ficar sonhando com essa coisa que a gente chama de futuro, vida a dois. Acho que amor é não saber direito o que ele é, mas sentir tudo o que ele traz.



É você pensar em desistir e desistir de ter pensado em desistir ao olhar pra cara da pessoa, ao sentir a paz que só aquela presença traz. É nos melhores e piores momentos da sua vida pensar preciso-contar-isso-pra-ela.



É não querer mais ninguém pra dividir as contas e somar os sonhos. É querer proteger o outro de qualquer mal. É ter vontade de dormir abraçado e acordar junto. É sentir que vale a pena, porque o amor não é só festa, ele também é enterro.



Precisamos enterrar nosso orgulho, prepotência, ciúme, egoísmo, nossas falhas, desajustes, nosso descompasso. O amor não é sempre entendimento, mas a busca dele. Acho que o amor não é o caminho mais fácil, pois mais fácil seria dizer a-gente-não-se-entende-a-gente-não-combina-tchau-tchau.



O amor é uma tentativa eterna. E se você topar entrar nessa saiba que o amor encontrou você.



Seja gentil, convide-o para entrar.











Inquilinos :)


Eu gosto de pessoas inteligentes que enxergam o mundo com humor. Tem muitas pessoas em quem eu bato o olho e penso: deve ser legal ser amigo dela/dele.



É gente que não carrega o mundo nas costas, que fala olhando nos olhos, que não se leva tão a sério, que é franca na hora do sim e na hora do não.



É difícil sacar as qualidades de uma pessoa sem antes conhecê-la, mas intuição existe pra isso.



Tenho vários amigos que enriquecem minha vida e se encaixam no meu conceito de “pessoas especiais”, mas meu coração é espaçoso e está em condições de receber novos inquilinos.







Quereres





" Eu realmente acho lindo essa coisa de duas pessoas não quererem nada que seja bom no mundo além de uma a outra. E eu queria você, muito. O querer mais bonito que pode existir era seu, só seu"
( 29 de dezembro de 2014)


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Noites










Quando desliguei o telefone pra lá das 00:06 horas da manhã, eu disse que sonharia com você, apenas pela certeza de que sua imagem linda, clara, fascinante, jamais sairia da minha cabeça.

Ao me deitar eu estava pensando em ti, eu não sei se é sonho, eu não sei mesmo o que acontece, mas eu te sinto sempre, até enquanto durmo, sinto seu toque, sua voz, seu sorriso.

Sinto e vejo tudo, meu misto de sonho e realidade, por que demorou tanto pra chegar?

Eu guardei um sonho bom pra ti, essa noite toda, foi perfeita, eu estive com você, da forma mais incrível, toquei seu coração, te dei o meu. Ao amanhecer sua imagem continuava nítida em minha mente, meio sonolento acabei despertando pelo vibrar do celular, e era você.

E tem sido você, e vai continuar sendo você. Por tanto tempo eu quis, e então você chegou.






Nossa TV !


Chegadas




e




partidas




 GNT


Sem metades, por favor









Um dia me disseram que para os bons entendedores meia palavra basta. Na hora não questionei, mas hoje me obrigo a discordar. Ninguém gosta das coisas pela metade, mal entendidas e ridiculamente explicadas. Sempre fica aquela vontade de entender o inteiro, saber o contexto. Vontade de ouvir a história ser contada tim-tim por tim-tim.

Comparando meias palavras com meias pessoas, cheguei a mesma conclusão: assim como meias palavras, meias pessoas também não bastam.

Ninguém quer alguém que fica em cima do muro, inseguro, sempre mudando o lado para qual vai querer pular. Lado esse para o qual nunca pula, sempre com medo de estar desagradando. Pra ser alguém você tem que saber se prefere ser por inteiro ou se prefere ser frívolo, mas se você parar ali no meio termo, é melhor que nem seja nada. Ou é, ou não é. Ou quer, ou não quer. Ou decide, ou desiste. Não empaca na mediocridade.

Acredite que: ser pela metade, além de desgastante, é humilhante. 
Analise sua vida e tente lembrar quantas meias pessoas marcaram-na. Aposto que não conseguiu recordar nenhum momento bom, nenhum sorriso verdadeiro ou lágrima ardente. Metade é sinônimo de insignificante, e é por isso que meias pessoas não marcam, no fundo (bem lá no fundinho) meias pessoas só sabem atrapalhar. Chegam e bagunçam tudo. Jogam pelo ar tudo aquilo que você tinha organizado dentro de si. E quando saem deixam apenas uma coisa: você pela metade.

A partir do momento que os medíocres te abandonam, você conhece a insegurança, a incerteza, a infelicidade e a indecisão, sinais de que muito pouco já serve pra te abalar e te deixar no chão. 
Não tenha medo de ter opinião, de falar o que pensa e de ser o que quer. Não sinta vergonha de satisfazer suas vontades. Fale, grite, extravase. Faça o que der na telha, contanto que isso faça de você uma pessoa significante. Não precisa ser grande, nem reconhecido mundialmente, mas precisa te agradar. Precisa colocar um sorriso no seu rosto e te dar aquele sentimento de que valeu a pena. Não guarde dentro de si aquilo que te preocupa e que te fere, tudo isso fica cada vez pior e maior, assim como uma bola de neve, e no fim das contas, só te deixa decepcionado, e faz de você uma meia pessoa. 
Leve sempre contigo, nas suas escolhas, palavras e pensamentos, que: se for pra ser pela metade, é melhor que nem seja.






Vai passar





" Tem coisa que é difícil de engolir, tem ferida que arde, tem cicatriz que incomoda, tem machucado que custa a sarar, tem incomodação que tira a gente do sério. Mas tudo tem jeito, entende? Nada é definitivo, nada é um ponto final, nada é irreversível. "
( 26 de dezembro de 2014)


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Reflexos



" Aquele que luta com monstros deve acautelar-se para não tornar-se também um monstro. Quando se olha muito tempo para um abismo, o abismo olha para você. "
( dezembro de 2014)



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Suficiência da gente

Parece que nada é suficiente. Quanto mais você tenta, mais você se arrepende por ter tentado, a dor de não ser reconhecido faz o coração se despedaçar mais do que amor não correspondido, e ainda não achei alguém por aí que encontrou um substituto que a fazer melhorar. Cada vez as exigências são maiores e os muitos obrigados cada vez mais raros, mesmo não podendo, de forma alguma, vir a reclamar do que a vida já me ofereceu até hoje, confesso que a decepção com a mesma é grande, mas assim tão grande que muitas vezes da vontade de largar tudo e sumir. Literalmente. Pah-puf. Entretanto fico, pois dizem por aí que a vida dá aquilo que se merece, que ninguém carrega uma cruz maior do que pode suportar. Se sou a insuficiência, pois que eu seja, nada e nem ninguém por aí serão mais insuficientes que eu, isso eu deixo prometido.

Obrigado 2014 !











Prévia da brevidade do fim do meu ano !



Posso até dizer que foi um bom ano. Viver não é viver se não tiver seus altos e baixos. Admito que me encontrei em várias descidas, mas cada vez em que cheguei no topo.

Fui presenteado com uma vista simplesmente deslumbrante. 
Se alguém me pedisse pra descrever 2014 essas seriam as primeiras palavras que viriam na minha mente: catastrófico, mas ao mesmo tempo ímpar. Foram muitos aprendizados, muitas realizações mas muitos momentos onde me encontrei no fim do poço sem luz nenhuma pra me guiar.

Momentos esses que me fizeram ver cada vez mais fundo dentro de mim e me ensinaram a odiar partes de mim mesmo.

Me senti tão confuso que confusão chegou a virar rotina, assim como perder.

Perdi confiança, perdi amizade, perdi esperança, perdi amor. Porém por outro lado, aprendi a confiar, descobri verdadeiros amigos.

Achei esperança onde menos procurava, e por último, mas não menos importante: senti, pela primeira vez, o que é amar. Vivo amando. Acordo e desperto com este lindo sentimento.


2014 foi o meu ano.

O ano em que joguei tudo pro ar e literalmente comecei uma nova vida, mesmo que isso só tenha acontecido quase no finalzinho do ano.

Obrigado outubro!

Sem medos, sem desconfianças, sem grandíssimas expectativas, apenas com uma mente aberta a receber tudo o que o mundo quis me dar.

Não me arrependo por nenhum segundo e faria tudo novamente em um piscar de olhos, porque se é pra viver, que viva-se intensamente meu amor.


Feliz 2015 para nós minha VIDA.








Acomodar


Ninguém sabe direito o que é felicidade, mas, definitivamente, não é acomodação. Acomodar-se é o mesmo que fazer uma longa viagem no piloto automático. Muito seguro, mas que aborrecimento. É preciso um pouquinho de turbulência para a gente acordar e sentir alguma coisa, nem que seja medo.

Certezas !!








Mas eu nunca fui o tipo de gente que olha pra beleza e venera. Porque eu acho isso bobagem, porque a paisagem de dentro é sempre mais bonita.

E se você me fala que fulana é linda por causa do olho de cor diferente, por causa do sorriso branco, ou por causa do físico perfeito, eu sou obrigado a rir e dizer que nada disso vale um amor pra anos, um amor de anos: o exterior sempre perde para o tempo, sempre sucumbe à falta de maquiagem e à falta de mundo.






Suas mãos







Vou te pedir que fique sempre.

Mesmo que o futuro seja de incertezas, mesmo que não haja nada duradouro prescrito pra gente. Esse é um pedido egoísta, porque na verdade eu sei que se nada der realmente certo, vou ficar sem chão. Mas por outro lado, posso te fazer feliz também. É um risco.

Eu pulo, se você me der a mão.






Nada é muito quando é demais








Dizem que a gente tem o que precisa. Não o que a gente quer. Tudo bem. Eu não preciso de muito. Eu não quero muito. Eu quero mais. Mais paz. Mais saúde. Mais dinheiro. Mais poesia. Mais verdade. Mais harmonia. Mais noites bem dormidas. Mais noites em claro. Mais eu. Mais você. Mais sorrisos, beijos e aquela rima grudada na boca. Eu quero nós. Mais nós. Grudados. Enrolados. Amarrados. Jogados no tapete da sala. Nós que não atam nem desatam. Eu quero pouco e quero mais. Quero você. Quero eu. Quero domingos de manhã. Quero cama desarrumada, lençol, café e travesseiro. Quero seu beijo. Quero seu cheiro. Quero aquele olhar que não cansa, o desejo que escorre pela boca e o minuto no segundo seguinte: nada é muito quando é demais. 






Ninguém ama o que não conhece







"Mas ele tem que me amar como eu sou". Concordo, quem realmente te amar vai te amar como você é, mas não vai ter que amar (muito menos aceitar) tudo o que você faz! E isso é um pouco diferente.

A única pessoa que é obrigada a te amar e achar lindo tudo o que você faz é a sua mãe e ainda assim, vamos ser sinceros, ela vive pegando no seu pé.

Família você não escolhe, e por mais que você também não escolha a quem vai amar, você pode escolher entre continuar ou não amando a esse alguém.



Portanto, não pense que o amor verdadeiro será aquele que passa a mãozinha na sua cabecinha e acha lindo tudo o que você faz, por aceitar a missão indigna e injusta de te amar como você é.

Não creia que em uma relação em que tudo é aparentemente perfeito reina o amor incondicional e a harmonia.

Aposto mais em: a) falsidade conformista, b) estar com alguém por interesse, ou, no que é ainda um pouco mais triste, c) alguém egoísta se relacionando com alguém frustrado, que não sabe como dizer ao outro que precisa de mais, principalmente, por esse outro querer mais e mais pensar nele mesmo! É isso o que você quer?


Se a resposta for "não" continue lendo, se a resposta "sim" aí que você deve mesmo continuar a leitura!

Você veio ao mundo para evoluir, para crescer, para se tornar alguém melhor.

Uma relação amorosa tem o objetivo de te ajudar nessa missão de ser alguém melhor, de evoluir.

Sendo assim, quem está ao seu lado não pode e não deve, se realmente te amar, não pedir que você melhore.

A única pessoa que não vai te apontar os seus defeitos e pedir mudanças chama-se inimigo, e você, definitivamente, não quer dormir com o inimigo, certo?



Então, reflita, pense, permita-se crises de existência, silêncios (que podem falar mais do que palavras não pensadas) e mude, para melhor.

Amar é querer que o outro esteja bem, relacionar-se é dar-se ao outro e, por amar, compartilhar vidas, construir uma vida juntos.

Só que a gente sempre sabe que a casa se começa pelo alicerce, no chão, na pedra bruta, mas todos querem ir direto para o acabamento, né?

Mas, lamento, sossega esse coração em chamas, para não constatar em breve que "a casa caiu".

Ninguém ama o que não conhece e ninguém constrói nada duradouro sem bases sólidas.



Que tal acreditar que toda ação tem uma reação e ao invés de indignar-se tanto com a reação de quem você magoou, modificar a sua ação? É o que você fez que provocou a reação, a reclamação, a briga, a queixa, a desavença, por isso, mude!



E, ah, seu amor vai sim te amar assim como você é, mas não peça ao seu amor para ver você se contentar em ser um grafite, enquanto ele sabe que você, se quisesse e permitisse a ajuda dele, poderia ser um diamante.

Acorde rápido, antes que quem você ama decida por você.






Chamado








O desconhecido nos acompanha do nascimento à morte. Quanto mais conhecemos, mais se amplia o 'não conhecemos'.


Uma resposta hoje torna-se um porquê amanhã. Por isso, somos eternos aprendizes.
Autoconhecer-se gera um medo tão grande que a maioria prefere ficar na zona de conforto. Afinal, aparentemente, nos moldamos ao que esperam de nós.

Seguimos o script direitinho. A razão disso é o medo de não sermos amados, é o medo do abandono, o medo da exclusão e da perda.


Quem já encarou, mesmo, um processo de autoconhecimento sabe bem o que é isso.


Nos perceber com camadas e mais camadas de roupas sociais com as quais nos vestem ou nos vestimos leva a um momento (e esse momento costuma ser dramático) em que nos perguntamos: quem sou eu ?

Se temos força o suficiente para buscar a resposta, vamos nos despimos e ao outro dizemos: eu quero que você me veja nu porque essa nudez é verdadeiramente eu.

Vai encarar?


Como todo autoconhecimento provoca algum movimento transcendente, é inevitável as perguntas: qual a minha origem? o que vim fazer aqui?


Se enveredamos por esse caminho, chegaremos a nossa essência, seja ela materialista, espiritualista ou as duas.

Só tenho a dizer que é um caminho sem volta porque quanto mais nos sabemos mais queremos nos saber. A vida vai ganhando um sentido, um propósito. Não é julgamento de valor, bom ou mau. Simplesmente, é.

E se nos assumimos como realmente somos, o preço a pagar costuma ser bem alto, ainda mais quando a essência é muito diferente da aparência.

As cobranças e exclusões passam a fazer parte do nosso contexto. Estamos em condições de encarar isso ?


No meu caso, esse transcendente me levou a uma essência espiritual. Ainda não sei minha origem e o que vim fazer aqui, mas tenho recebido chamados. Meu eu mental e afetivo nunca teve vontade de conhecer essas paisagens com as quais sonhamos, mas como estou ouvindo mais atentamente minha essência, eu vou. E seja o que Deus quiser.

Vou seguir o chamado.







Sem defeitos !








Oi.oi.oi



Amigos, eu estou bem. Sei que vocês ficam preocupados, até porque já dei defeito alguns anos atrás…

Mas não é  mais o caso.


Defeitos ! Assim eu me rotulo quando preocupações surgem.


Abraços a mil! Amizade e respeito de pessoas especiais que dão luz ao gris!


E isso me traz uma paz.



Obrigada pela solidariedade e mensagens lindas de força. Fico realmente comovido com o carinho de vocês.

Só não quero que fiquem preocupados…realmente  não precisam ficar.

 Fase de esperança, de recomeço ao lado de pessoas especiais e lindas que tanto amo não darão brecha para nenhum novo defeito

Estou feliz —Estou muito feliz-Estou bem.



Voltei. De hora em hora volto para postar os nossos assuntos por aqui. Gosto muito desse espaço e de trocar com vocês!



Um beijo muito carinhoso.







Reinventar











Uma das coisas que fazem aliviar a dor é criar.



Criar qualquer coisa — Idéias, frases, sons, estilos, sentimentos, enfim.



Eu criei estas frases, em função de idéias que sinto :



‘Nós não podemos imobilizar o outro. Temos que criar o nosso próprio movimento.’



‘Eu quero que você gaste tudo isso até que canse. E aí queira olhar a vida de um ângulo mais comprometido. Com alegria e entusiasmo’.


Sem complicações coisa mais favorita do mundo. !







Simples









Tudo é tão mais simples…somos nós que complicamos tudo.



Encontros, desencontros, ganhos, perdas.



Junta tudo isso num saco e  o que é que nos sobra?


TEMPO



DESEJO



CORAGEM



VIDA



isso falando assim por alto…



Vou experimentar outros formatos.

Voces que gostam de mim? Então apertem os cintos.
Beijos







Crescimento





Gosto de uma boa leitura. Na verdade, gosto da leitura. Tudo que acrescenta, gera polêmica, questiona. Ou seja, tudo que me faz crescer como gente, alma, e profissional.


Pois bem, tenho lido e aprendido algumas pequenas, grandes e transformadoras lições no último livro que li.
Uma delas é sobre o perdão.


Perdoar o que não causa danos sérios é fácil. Palavras ásperas e duras ou atitudes não esperadas, ditas e feitas num momento de fragilidade ou chateação, também são perdoadas em nome do todo maior que faz bem.


A grande questão é perdoar quem nos causou mazelas, traumas, mágoas profundas e sentimento de abandono. Perdoar quem nos abalou a auto-estima, nos deixou sem chão e sem abrigo, gerando uma menos valia que nos acompanha pela vida.

 Isto ainda não consigo !


Quantas vezes li e ouvi sobre a importância de perdoar. Entretanto, não assimilava a lição. Creio que não estava maduro o suficiente. Na verdade ainda tenho resistência e não atingi a tal maturidade que falo.


Até que meus olhos bateram em "Compreender para poder perdoar". Há pessoas encanescidas que continuam como crianças porque não tiveram vontade ou força para amadurecer, fechando seus olhos (alma) a todas as experiências que a vida lançou em sua longa, mas frustrada existência.

Procurar compreender, mas evitando se orgulhar, repreender e contestar.


De repente, faz-se necessário refazer a trajetória que a vida nos impõe. Se hoje posso me considerar uma pessoa do bem; se busco evoluir espiritualmente e emocionalmente; se respeito, sem culpa, meus defeitos, é porque tive e tenho pessoas encanescidas ao meu lado, até eu mesmo em alguns momentos e situações.


Tomar consciência disso e, do fundo do coração perdoá-las, deixou meu coração leve.

Perdoo e deixo que sigam seu caminho. Ou seja, viro esta página.
Sorrir como há muito tempo não fazia.

Ver como somos pequenos quando as situações não nos favorecem e gigantes quando temos verdadeiros amigos que nos agigantam. Rir das pequenas situações e da pequenez delas e daqueles que nos viram as costas quando o que mais queremos é apenas um colo.

Sem nenhuma pretensão elas não sabem o que perdem: uma pessoa disposta a compartilhar daquilo que meramente entendemos de vida.

Não tão crescido ainda pois a parte que falta em mim, sente.

Amar-ela !




Quando o amor não dá certo e ainda assim amamos, acho que a gente guarda aquele amor lá no fundinho e o rega com a esperança de um dia ele aflorar e tornar reais todos os sonhos que você alimentou.

Mesmo quando não correspondido o amor é bom porque nos faz sonhar. Nos faz esperar pelo melhor e ter a certeza de que vai dar certo, um dia. E por isso eu espero, e me convenço de que o amor certo talvez não exista, mas que o errado mesmo é não esperar e deixar, de amar.

Não amar é se entregar, mas amar é ser entregue ao melhor que há


Intervalo







Hoje, pensei em tudo que fiz, o quanto me esforço, o tempo que espero e a lembrança de uma frase me confortou. Às vezes, o amor é assim, uma dor, um grito em silêncio, mas no fim, sempre se encontra uma esperança.



Segue a frase:




"VOCÊ VAI ACHAR O SEU CAMINHO DE VOLTA. ENQUANTO ISSO, EU SONHO POR NÓS DOIS" (Joey em Dawson's Creek)






É sim !



" lindo é o tempo que fez de nós um só !"
( dezembro de 2014)


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Breves







Amor palavra mais presente na vida agora. Ė o que sinto agora. A toda hora hora é amor, amor. O amor é engraçado, é duro, machuca,
. esse negocio de amar. Ai que bom ! Caminhos com espinhos. Conhecimento. Amizade, confidências. É bão ? Aprender sempre.

Incompreensão







Chorar por tudo que se perdeu, por tudo que apenas ameaçou e não chegou a ser, pelo que perdi de mim, pelo ontem morto, pelo hoje sujo, pelo amanhã que não existe, pelo muito que amei e não me amaram, pelo que tentei ser correto e não foram comigo.

Meu coração sangra com uma dor que não consigo comunicar a ninguém, recuso todos os toques e ignoro todas tentativas de aproximação.

Tenho vergonha de gritar que esta dor é só minha, de pedir que me deixem em paz e só com ela.


A única magia que existe é estarmos vivos e não entendermos nada disso.


A única magia que existe é a nossa incompreensão.






Numa mesa


" O choro pode durar por uma noite




mas a alegria vem pela




manhã."




Mesa Facul


Pausa pra alma



" "Eu sei que vou. Insisto na caminhada. O que não dá é pra ficar parado. Se amanhã o que eu sonhei não for bem aquilo, eu tiro um arco-íris da cartola. E refaço. Colo. Pinto e bordo. Porque a força de dentro é maior. Maior que todo mal que existe no mundo. Maior que todos os ventos contrários. É maior porque é do bem. E nisso, sim, acredito até o fim."
( dezembro de 2014)


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Portas






O amor tem o som de uma porta se abrindo para alguém ser sempre bem-vindo a entrar e ficar.

O que eu nunca pensei é que uma porta poderia ser por onde alguém sai para te deixar. Não tocou o som de nenhum alarme avisando que era a hora de despertar, pois você iria embora.

Não me apareceu nenhuma opção "soneca", para eu te ter por mais 10(dez)minutos.

Você foi embora, embora tudo o que eu sinto tenha ficado.

Acordado tive que ficar a cada dia sem você, acordado, ainda que a cor dada não tenha sido aquela com a qual eu sonhei em pintar a vida que a gente ia ter.

Coragem talvez seja agora a única cor que ajude a colorir a vida desde que eu não te tenho agora.

Ainda que a minha cor preferida seja a cor verde, esperança cor verde de te ver de perto.

E sem ti sentidos foram se perdendo, pois, quando alguém que se ama parte, a vida parece que fica sem sentido e sem sentidos, enquanto ressentido a gente espera pelo retorno.

É o que a saudade faz, ressentir quando já não se pode re-sentir  e a cada dia repetir a presença de alguém.

Por um tempo seu cheiro ainda ficou, e eu podia me agarrar a alguma peça esquecida - enquanto você me esquecia de nós num breve e para sempre inesquecível tempo.

O que importa é que qualquer porta, agora, porta o nome de esperança para quando você quiser passar.

O meu amor ainda tem o som de uma voz te chamando para voltar. Você poderia ouvir ou vir?

Equilibrar-se





Acredito que uma pessoa é e sempre será a maior inimiga dela mesma. Infelizmente, tenho provas disso todos os dias, mesmo sem querer.

É claro que conscientemente ninguém vai se maltratar ou se ferir. Mas existe um universo desconhecido dentro de nós mesmos e no fundinho dele tem uma parte chamada boicote.

É como uma espécie de anjinho e diabinho: o anjinho caminha para o lado do bem, o diabinho puxa com força seu braço para o caminho da lama. E a vida nada mais é que uma tentativa absurda, diária e árdua de equilíbrio.



Nem sempre consigo ser tão equilibrado, ponderado e organizado quanto gostaria. Alguns dias são bem perturbadores e nunca sei direito como lidar com eles. De certa forma resisto um pouco em dar o braço a torcer para a falha.

Eu não sei perder, tampouco gosto de não ter razão. Um lado orgulhoso ainda tem muito o que aprender sobre os precipícios. Nem sempre quero cair, às vezes, mesmo torto, exausto e me arrastando quero continuar andando. Preciso aprender a me deixar levar, a aceitar que chega um momento em que a gente perde a força e a própria verdade. Mas sou turrão, duro, não desisto tão fácil. Juro que quando bate o desânimo eu o aceito, acolho, beijo, abraço e mando embora. Muitas vezes o desânimo só quer um carinho, por isso faz essas visitas inesperadas.



Existe também a famosa culpa. Por que fiz isso? Por que não fiz aquilo? Esqueço que o que eu fiz já está feito. E às vezes remendar só fica pior. Então é preciso inspirar, expirar e não pirar. Volta e meia chega aquela insanidade travestida de esperança, o tal do "e se". E se eu tivesse tido uma chance? E se não estivesse chovendo? E se eu não tivesse me calado? É pura insanidade, pois o momento que passou não volta.

E não adianta ficar filosofando incansavelmente sobre ele, isso nunca vai mudar aqueles milésimos de segundos que já se foram e não mais voltarão. 


Quando tenho uma meta muitas vezes pego alguns caminhos alternativos, desvios, esconderijos secretos. Nada que me desvie completamente do rumo escolhido, mas o caminho é mais longo e muitas vezes um pouco espinhoso. E olha que tenho pressa de chegar ao destino, não sou nada paciente, mas me boicoto frequentemente.

Talvez não me ache capaz ou merecedor de bençãos e alegrias. Talvez. Ou talvez eu pense que vida bonita é coisa de filme. Talvez. Ou talvez eu ainda ache que essas coisas não são pra mim. Talvez. Penso demais e isso me atrapalha, fico tentando concatenar fatos, coisas, pessoas, situações e acabo no vazio, na imensidão, no questionamento. Ao invés de me aquietar, focar e ir atrás dos meus objetivos fico com interrogações mentais que nunca são solucionadas.

Não entendo por qual razão penso tanto, às vezes, mesmo no silêncio, o pensamento está lá, lavando, conversando, divagando. E eu fico ouvindo, afinal, não posso virar as costas para o coitado. Ele é sempre tão generoso e solícito comigo, seria uma injustiça bater a porta na cara dele. Então eu ouço. E por vezes ele tem um quê de inconveniência, sinto vontade de mandá-lo embora, mas me calo e escuto. Já me falaram dá-um-chega-pra-lá-nele, mas não consigo. Preciso aprender a ser mais duro, a pensar menos, a me equilibrar mais, a me estragar menos.

Tomara que um dia eu chegue lá.


Certezas






Hoje não é o seu nem o nosso aniversário. Sei que nada acontece por acaso, que o destino coloca as pessoas certas no nosso caminho.

Pessoas que nos ensinam, que nos mostram o que estava perdido dentro da nossa própria casa. E isso nos modifica para sempre. 

Gosto de fazer as pazes com o nosso futuro.
De ter essa cumplicidade bonita, que só cresce. Gosto desse jeito manso que você leva a vida, dessa alegria e desse jeito colorido de enxergar as coisas mesmo que as vezes eu ache tudo meio ingênuo.
Gosto de conversar olhando nos seus olhos e entender o que sua boca não consegue dizer. Gosto do beijo de boa noite antes de dormir e do beijo de bom dia depois de acordar. Gosto de te ver perdida, de manhã cedo, no meio de palavras que você esqueceu de conhecer.
Gosto desse amor que se renova, que nunca desbota ou amarela. Gosto de saber que no fim de cada dia um abraço forte surge para mostrar que todas as coisas ruins podem desaparecer.
Gosto das suas cantorias na sala, do seu vasculhar de minhas meias no cesto de roupa suja, do cheiro que fica no seu travesseiro toda vez que você levanta pela manhã. Gosto do seu gosto, da sujeirinha que fica nos seus olhos, dos seus cílios , do cabelo que sempre me deixa um pouco de você.
Gosto do seu jeito metódico de lavar a louça, de arrumar as coisas e de pendurar a toalha de banho no varal. Gosto do seu tempero, do seu jeito de vestir a camiseta, da sua forma organizada de dobrar as camisetas.
Gosto de adivinhar qual vai ser o seu próximo passo, de te conhecer tanto e de caber no seu peito. Gosto de dizer que você faz tudo errado, por mais que você faça tudo certo.
Gosto de repetir todo dia para você não esquecer de nós.
De nossa cumplicidade e de nossos planos.
Gosto de te descobrir um pouco a cada dia e de saber exatamente o que você imagina.

Nunca pensei que teria essa capacidade de amar de um jeito tranquilo. Eu achava que o amor é aquilo que te deixa acelerado, estupefato, insone, maluco.
Me perdoe a ignorância, mas eu não sabia. Eu não sabia até conhecer você, até decidirmos construir a nossa vida juntos.
O amor é um sofá cama confortável em que podemos sentar ao fim de cada dia e compartilhar pequenas conversas, pequenos risos, pequenos pedaços da vida.
O amor é uma sacada aberta onde o sol aquece e o vento seca. O amor é olho no olho, é mentira apagada com borracha, é sonho que tem continuação e vontade que nunca cessa. O amor é o erro reconhecido, é o perdão concedido, é a verdade crua.
O amor é saber ser. O amor é querer estar.
E permanecer apesar do vendaval, dos buracos fundos, do que dizem.

Não tenho medo de olhar para a frente, pois você me olha e tudo faz sentido.
No bolso, sempre as palavras que me servem. Nas mãos, sempre a força que preciso.
Nos olhos, sempre a clareza que necessito. Na boca, sempre o beijo que me cala e me desperta.
Não tenho medo do que virá, pois estamos juntos.
E isso é, sim, tudo.
Quem tem um amor sabe. E eu tenho você, minha vida.


Eu ando pela rua prestando atenção em cores














Que surjam novos dias, meses, anos melhores para que possamos renovar nossas esperanças, novas amizades, novos amores... novas expectativas...





      E assim continuamos a nossa caminhada em direção a uma vida melhor.






Vamos?














30, 40 ou 50 anos



Você está se levando muito a sério, disse minha psicanalista. Olhei para ela e pensei, como a gente deixa esse tipo de coisa acontecer. Parece que foi ontem que tudo que eu planejava era chegar até o fim de semana.

Não perdia o sono, não sabia o que era ansiedade, muito menos perceber um desânimo, e não entender de onde vem esse peso que nos afunda.


Durante muito tempo eu consumia a vida. E quando me dei conta é a vida que me consome. São prazos, cobranças, mais contas do que dinheiro, falta de paciência, saco cheio, intolerância, um bufar constante. Passei a não me aguentar, porque não aguentava mais o pouco do muito que me rodeava.


É complexo. Mas quem já passou por isso sabe o que é. A gente se sente muito jovem ou nem pensa no momento porque está ocupado demais em viver. Não ser careta, certinho, não tem nada a ver com ser porra louca. Eu apenas percebi muito cedo que tinha mundo demais, tinha gente demais, tinha vida demais para conhecer e desbravar por aí.


Então, você se depara com o mestre dos clichês: a vida é feita de escolhas. E quando você olha tem 40 anos. E entra em crise porque não sabe se fez as escolhas certas. E começa a contestar se tudo o que fez valeu a pena. E se pergunta quando você começou a ficar tão chato. E olha para os lados e pensa, de onde veio esse medo da vida?


Tudo começa a ganhar uma proporção maior do que deveria. Você pensa que talvez, e só talvez, deveria ser a antítese da música dos Titãs. Amei muito, arrisquei muito, vi centenas de pores do sol, caguei para os problemas, morri de amor algumas vezes, aceitei sempre o que a vida me trouxe. E agora, José?


Agora todo mundo casou, teve filhos, comprou uma casa –ou duas–, se separou, casou de novo, foi promovido. E você continua sem saber o que fazer na semana seguinte.


Tomo um copo de água. Olho para a minha psicanalista, ela ri. De mim, claro. E começa a dizer o que a gente não deveria esquecer.


Quando começamos a olhar todos os problemas que surgem na vida adulta, focamos apenas em resolver o que nos traz o conforto imediato e não exatamente o que nos faz feliz. Chega uma hora que a gente resolve que chegou o momento de ter estabilidade na vida. Para a maioria essa urgência chega aos 30. Para outros aos 40, que são os novos 30 –só que não, exatamente.


Aos 30 você morre de tédio de pensar nessa monotonia da estabilidade. Mas aos 40 começa a acreditar que deveria ter engolido alguns sapos no trabalho e no amor, para não ter que pensar na semana que vem. E assim, ser infeliz para sempre.


Os paradoxos da vida. Quero tudo, mas não agora. Nem sempre as coisas acontecem quando queremos, principalmente para os adoradores da vida, para quem o tempo pode ser a qualquer hora. A gente precisa desarmar essa bomba prestes a explodir dentro de nós, que se chamam convenções, obrigações, chateações e olhar de novo apenas para o que nos dá prazer.


Quanto mais converso com o meu senhor Freud, mais me convenço de que estou tentando ser alguém que não sou –e nem preciso ser. Não sou o cara certinho, que planeja passo a passo o que vai acontecer amanhã. Não sou eu. Quanto mais quero prever o futuro, mais sofro com o presente. Quero usar a maturidade para viver a vida de uma forma mais adolescente, quando tudo que a gente mais faz é ser feliz, porque acredita que tem a adolescência pela vida afora.

Projeto Educacional


Projeto na área de Interesse- Tecnologia
Prof. Paulo Cesar
Título: Educação e Tecnologia
Introdução:

Atuando em setores ligados especificamente ao uso da tecnologia em nossas escolas, não podemos negar que e público e notório que a tecnologia está cada vez mais presente em nossas vidas. Desta maneira, é impossível pensar em educação e tecnologia como blocos totalmente distintos.  Ela se encaixa nos ideais de nossos educadores para uma aula mais enriquecedora e em contrapartida com o anseio de nossos alunos por aulas ministradas por nossos professores para que tragam para a sala de aula este meio tão presente em nosso cotidiano
Neste projeto vislumbro ideias e ações que possibilitem ao educador uma prática eficaz por meio dos projetos de aprendizagem aliados à tecnologia, não esquecendo de nosso principal aliadas: nossos próprios alunos e seus olhares curiosos para o que o mundo nos apresenta todos os dias.
Os instrumentos tecnológicos se fazem cada vez mais necessários para se viver, conviver e produzir na sociedade.  Como consequência, a escola deve trabalhar com ferramentas que preparem as novas gerações para a vida nesta sociedade informatizada e tecnológica.
Os instrumentos tecnológicos podem ser ferramentas eficazes para o desenvolvimento das competências e habilidades dos educandos, promovendo autonomia, autoconfiança, autoestima, autodeterminação, entre outros, que facilitarão a aprendizagem integral do aprendiz.
Sabe-se, entretanto, que as ferramentas tecnológicas, por si só, não promovem este desenvolvimento e aprendizagem integral. Para que se obtenha êxito nesta ação, é necessário que o educador desempenhe seu papel de maneira que seja mediador do processo de ensino e de aprendizagem, orientando, intervindo e auxiliando os educandos na construção de seus conhecimentos e no desenvolvimento de suas competências e habilidades, adequando a tecnologia às necessidades do projeto pedagógico, colocando-a a serviço de seus objetivos e nunca os determinando.
A inserção da tecnologia na prática escolar não visa resolver os problemas da educação que são de cunho social, político, econômico, ideológico e cultural. Visa proporcionar ao educando o contato, o conhecimento, a prática na utilização da tecnologia para que esteja apto a viver, conviver, conhecer e produzir na sociedade.
                                                                      OBJETIVOS GERAIS

· Promover uma educação voltada ao desenvolvimento humano;
·  Utilizar de forma criativa e inovadora as tecnologias digitais como via de desenvolvimento
potenciais;
·  Preparar as novas gerações para aprenderem a viver, conviver, a conhecer e a produzir na sociedade de informação;

· Promover a utilização da metodologia de projetos de aprendizagem em sala de aula, com a utilização das tecnologias digitais.
CONCEPÇÃO
A Educação e a aprendizagem do ser humano não ocorre sozinha, mas sim, por meio de interações, dentro de um contexto social.  No entanto, não se pode pensar que, por ocorrerem desta maneira elas sejam produzidas por terceiros, ou seja, por outros que educam.
A educação e a aprendizagem ocorrem conforme se interage com o outro, à medida que transforma sua dependência e sua incompetência em autonomia e capacidade, podendo definir por conta própria um projeto de vida e de transformá-lo em realidade.
A aprendizagem não é produzida pela ação de terceiros, porém não se produz de maneira independente, sem a interferência de outro.
O educador deve ter como objetivo o desenvolvimento da autonomia e a construção da competência por parte do próprio educando.
O projeto Educação e Tecnologia tem como conceito a educação para o desenvolvimento humano, com foco no educando e em seu desenvolvimento, reconhecendo que este se dá por meio de um contexto social e interativo.
Quando os educandos se envolvem em projetos de aprendizagem de sua escolha com base em seus interesses, ocorre uma aprendizagem significativa pelas seguintes razões:
             A aprendizagem é o principal mecanismo pelo qual o ser humano projeta e constrói a própria vida;
             O educando é incentivado a explorar e investigar seus interesses e o educador é responsável por encontrar maneiras de tornar a atividade do educando útil no desenvolvimento das competências básicas;
             A aprendizagem não é algo passivo, desinteressante; é ativa e significativa. O educando possui um envolvimento ativo, não só na elaboração dos seus projetos de aprendizagem, como também na sua implementação e avaliação;
             Estabelece uma estreita relação entre a aprendizagem que acontece na escola e na vida e a experiência do educando, reconstituindo o vínculo entre seus processos cognitivos e seus processos vitais;
             Não acredita que todos devam aprender as mesmas coisas, pelos mesmos métodos, nos mesmos ritmos e nos mesmos momentos;
             Evita que o objetivo da educação seja a absorção de grandes quantidades de informação (fatos, conceitos, princípios, valores, procedimentos) e que o aprender seja visto como o subproduto esperado da ação do educador;
             A tecnologia digital é parte integrante e indissociável pelo fato de ser um espaço efetivo para interação, aprendizagem colaborativa, disseminação de processos e resultados.
EIXOS TEMÁTICOS
             Projetos de aprendizagem;
             Formação do aluno pesquisador;
             Formação do orientador de Educação e Tecnologia, dos educadores, gestores e coordenadores;
             Competências e habilidades;
             Avaliação.
RESULTADO ESPERADO
             . Desenvolvimento das competências e habilidades.
             Melhoria do desempenho dos educandos.
ABRANGÊNCIA DO PROJETO
             Público alvo
Educandos da Educação Fundamental e Médio de nossas escolas

             Duração
Ano letivo de 2020 com possíveis correções de melhoria para anos subsequente

PLANO DE AÇÃO
             Formação
Os orientadores de Educação e Tecnologia receberão formação em serviço para a aplicação e metodologia do projeto nas Unidades Escolares e suas ações serão acompanhadas ao longo do processo (ano letivo de 2020) Estes orientadores poderão ser escolhidos pela própria escola sendo fundamental a parceria com alunos do fundamental e médio ( 2 alunos por serie)

             Multiplicação da metodologia
Os orientadores de Educação e Tecnologia serão multiplicadores da metodologia nas Unidades Escolares, apresentando e mobilizando todos educadores para a aplicação do projeto.

             Desenvolvimento
- Responsabilidade do Orientador de Educação e Tecnologia:
Em parceria com os atores envolvidos no processo (gestor, coordenador, educadores e educandos), o orientador de Educação e Tecnologia deverá:
1.            Trabalhar com os projetos de aprendizagem, mantendo o foco constante no desenvolvimento dos potenciais dos alunos, orientando –os e intervindo em suas ações quando necessário;
2.            Aperfeiçoar-se na gestão eficiente do seu tempo;
3.            Proporcionar espaços diversos para a aplicação dos projetos de aprendizagem;
4.            Empenhar-se para que os alunos não desanimem nem se desviem dos objetivos propostos;
5.            Fortalecer o vínculo com os alunos
6.            Manter um clima de empenho e mobilização do grupo;
7.            Respeitar a identidade dos educandos e de todos os envolvidos no projeto;
8.            Registrar todo o processo em seu Diário de Bordo;
9.            Contribuir ao máximo para a transformação da escola

- Responsabilidade do diretor e coordenador pedagógico:

  Os gestores e coordenadores devem participar ativamente de todo o processo e:
1.       Apoiar os educadores da escola para a viabilização do desenvolvimento da metodologia de projetos de aprendizagem;

2.      Orientar os educadores nas questões pedagógicas pertinentes que facilitem a implantação da metodologia de projetos de aprendizagem;

3.      Mobilizar todos os educadores para que trabalhem com a metodologia de projetos de aprendizagem;

4.      Apoiar a flexibilização da grade curricular em relação a horários e conteúdos, de modo a permitir que os educadores da escola possam trabalhar com o projeto;

5.      Explicar aos pais dos educados a importância de se trabalhar com os projetos de aprendizagem;

6.      Acompanhar o trabalho dos educadores e orientadores.
             Avaliação



A avaliação deve ser realizada permanentemente. Não se avaliará conteúdos, mas sim as competências e habilidades desenvolvidas de cada educando.

Deverá ser realizada a autoavaliação do educando e do educador.

             Produto Final:
      Diário de Bordo (Blog) dos educandos;

      Diário de Bordo (Blog) dos educadores/orientadores de Educação e Tecnologia.

METODOLOGIA

A metodologia do Projeto Educação e Tecnologia está estruturada em três ações intrinsecamente relacionadas:
1. A pergunta (desafio)
Momento em que os alunos manifestam as suas inquietações, as suas curiosidades frente a uma temática específica. Para que essa curiosidade possa ser investigada, os alunos têm o desafio de elaborar uma pergunta.
2. A resposta (pesquisa);
Nesta etapa acontecerá todo o processo de coleta e seleção de dados, análise e conclusão da pesquisa. É quando os alunos procuram respostas para as perguntas que os inquietem.
3. Avaliação das ações.
A  avaliação é fundamental no processo de aprendizagem do aluno e deverá acontecer de forma contínua e sistemática. O mais importante não é avaliar a aquisição de conhecimentos, mas, sim, as competências e habilidades que os alunos desenvolvam durante todo o processo.
O orientador de Educação e Tecnologia deve avaliar constantemente sua prática pedagógica. O foco da prática reflexiva será a qualidade das intervenções, no que diz respeito à observação do processo de construção do conhecimento, à habilidade de perguntar, à negociação de significados com o grupo de alunos e ao papel de promover interações para a aprendizagem.
REGISTRO
Todas as etapas realizadas pelos educandos devem ser registradas em um portfólio e em um Diário de Bordo (blog).
Os orientadores de Educação e Tecnologia e os educadores devem fazer o registro de sua prática diariamente no seu Diário de Bordo.
ACOMPANHAMENTO DO PROJETO
As ações realizadas pelo orientador de Educação e Tecnologia serão acompanhadas durante todo o período de aplicação pelo PCNP de Tecnologia que dará as orientações necessárias para o andamento adequado do projeto.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

INSTITUTO AYRTON SENNA. Sua Escola a 2000 por Hora – Educação para o desenvolvimento humano pela tecnologia digital. São Paulo: Instituto Ayrton Senna/Saraiva,2004.-


Professor Paulo Cesar

Piscar de Olhos

Parei pra pensar. Não sei você, mas eu pisquei os olhos e lá se foi mais da metade do ano.

Meu deu um desânimo. Bateu a sensação de que estou me repetindo e que vou chegar ao final do ano cheio de "coisas não cumpridas".


Me dei conta que a lista de resoluções, planos e tarefas está dividida em ‘segunda, eu começo’, ‘depois das férias eu começo, e ‘talvez um dia’.



A gente se impõe tanta coisa que não faz nem o básico. E de repente os doze meses de um ano parecem durar nove.



Todos os dias as horas nos engolem. Olhamos no relógio e já são 11h, de repente o ponteiro bate 15h. Minutos depois e já são 18h45. Meu deus, não fiz nada ainda, tanta coisa me esperando.



Preciso de mais minutos nas minhas horas, mais horas nos meus dias, mais dias nos meus meses, mais meses nos meus anos.

Mais tempo na minha vida. Até que a gente percebe que o que falta mesmo é ter uma vida pra viver.



Não dá pra fazer mágica. Chega uma hora que é preciso ser realista até quando sonhamos. E talvez o que esteja errado seja o tamanho dos nossos desejos.


Fazemos uma lista interminável de metas e colocamos na cabeça que só assim finalmente poderemos descansar em paz.



Mas será que eu sou tão infeliz como sempre tento me convencer? Falta mesmo tanta coisa ou só entrei nesta centrífuga e deixei a vida sugar o que nem tenho pra dar?


Talvez a gente só esteja se tornando um estereótipo porque o mundo é mais condescendente com pessoas infelizes. A maioria à nossa volta convive melhor e é mais solidária se a vida alheia é mais miserável.



Experimente ser feliz todos os dias na frente das pessoas. Quase ninguém vai gostar. Você certamente sofrerá algum tipo de represália.



A gente faz mil planos, mas nunca colocamos limites, nem estabelecemos o que é necessidade e o que é supérfluo. Pense: o que eu realmente preciso mudar? Passamos muito tempo fazendo coisas que odiamos pra impressionar gente que não gostamos. Não adianta reclamar e continuar no piloto automático. Se a gente não começar a viver a vida que queremos, vamos continuar vivendo a vida que alguém pensou por nós: a chefe, a melhor amiga, a mulher da ACM, a nutricionista.



Você cai no conto do glúten e do laticínio, mas descobre que é muito mais feliz comendo pizza domingo à noite, no sofá. Detesta boxe, mas a mocinha da acadenia quer te convencer que muai thai é a pílula mágica do emagrecimento.



A melhor amiga só quer o seu bem, desde que você faça do jeito dela. Todos os chefes vão te elogiar, mas sempre pensando que você deveria agradecer por estar ali 12 horas por dia.



Parei de ler o horóscopo quando descobri que cheguei a um ponto de acreditar mais nele do que em mim.


Desde então, as coisas começaram a acontecer porque passei, finalmente, a viver minha vida entre um tropeço e outro, mas do meu jeito.



Tenho tentado não me fazer de vítima e acusar o universo de me boicotar.


Conheço gente que já desmarcou entrevista de trabalho, deixou de comprar eletrônicos ou fez seguro contra enchente porque estava escrito que naquele mês estava tudo do avesso.



Então, agora que agosto está terminando, chegou, resolvi diminuir a pressão.



Vou direcionar para o lado mais simples da vida que a gente esquece.



Quero dormir bem, acordar descansado, tomar café da manhã numa mesa bonita, cochilar sentado, almoçar de verdade – sem olhar o celular – todos os dias, tomar vinho nos jantares, ligar para meus irmãos para bater papo, planejar as férias, falar com Deus antes de dormir.



Parece pouco, mas é muito.



Do que adianta emagrecer cinco quilos, mas continuar trabalhando doze horas por dia?


Viver melhor e ser mais feliz não requer uma mudança tão radical quanto a gente pensa.


Vamos começar pelo básico, depois a gente complica. Mas só um pouco.


Talvez dessa forma, dezembro chegue mais leve e estejamos mais satisfeitos com a vida que damos conta de ter.

Lâmpada Vermelha



Esvaziei as três gavetas do criado-mudo no chão. De vez em quando tenho esses rompantes, mesmo tarde da noite. E não consigo dormir sem arrumar tudo. Minha mãe dizia (recordo ainda vagamente disso) que puxei esse lado freak de meu avô. Eu era pequeno demais para lembrar, mas penso nela toda vez que resolvo faxinar.






Relógios parados no tempo, pares de óculos, um deles com a haste torta, dois passaportes vencidos, Tiger Balm, camisinhas, fita métrica, celulares Nokia com fones e as borrachinhas ressecadas, plaquinha pra bruxismo abandonada e ressecada, creme fotos de alguns eventos que participei, agenda de telefone, uma lâmpada vermelha. Uma lâm-pa-da ver-me-lha. E uma infinidade de coisas que eu nem sabia que estavam ali, e de outras que não serviam para nada.


Não sei por que guardamos tanta coisa. Não sei por que fazemos isso com tudo.
A gente insiste em manter em nossas vidas coisas que não têm mais o menor sentido e com isso não damos espaço para que as novas cheguem e ocupem o lugar.
Não tem lugar. Nos cercamos do velho, do conhecido, do confortável.
Ninguém mexe. Ninguém tasca.


Pra que mexer, pra que ter trabalho. Está tudo tão bom assim. Mesmo que não esteja. A gente se afunda em autopiedade, mágoa e rancor. Esfrega os olhos, toma um café e continua engolindo o de sempre, vivendo uma vida que parou no tempo e no tédio. Fazemos isso com roupas, com amores fracassados, com trabalhos chatos, salários baixos, amigos desleais, com uma agenda de telefone velha. Olhamos para a lâmpada vermelha na gaveta do criado-mudo e deixamos que fique lá.


Está ruim assim, mas esse ruim eu já conheço. Ninguém mexe. Ninguém tasca. Não quero me incomodar com meus velhos incômodos. São incômodos, mas são velhos conhecidos e são meus.
Sou feliz assim mesmo!
Mas a gente gosta daquela cebola gigante do Outback, onde janto, agora, uma vez por ano ou quando dá, uma vez por mês.


Cansei de antigos trabalhos guardados em fotos e vídeos, mas estou satisfeito só de reclamar.
Não gosto de gente acomodada. Gente que não que não se esforça para aprender alguma coisa nova, vai no automático. Nesta idade parece que já conheço todo mundo, todo mundo faz de conta que gosta de mim e eu faço de conta que não detesto todo mundo.




Para tudo. Não precisa ser assim. Não quero que seja assim. Incômodo poderia pinicar pra não deixar a gente se acomodar. A gente deveria fazer faxina de trabaho, faxina de redes sociais, faxina de amizades. Ninguém precisa de uma lâmpada vermelha ocupando espaço na gaveta. Ela acabou lá numa noite que eu quis dar um clima de "obscuro" no quarto. Coisa de filme retrô.


A gente muda. Ou é só abstinência de um bom calmante mesmo. Deve ser a maracug(j)ina.
Tem roupas que nunca mais quero usar, pessoas que tenho vergonha até de lembrar, amizades que eu trocaria por um saco de pipoca, trabalhos que parecem uma linha de produção japonesa de tão chatos. Uma lâmpada vermelha pode ser a luz que falte pra mostrar quando está tudo errado e que é hora de varrer toda a sujeira de debaixo do tapete para fora da porta e para longe da nossa vida. 


Felicidade!

"A felicidade
vive atrás de mim,
eu que não sou louco
deixo ela vir..."

Pedro !

Pai,

Há muitos anos que não caibo mais no seu colo. Hoje meu peso já é demais para você me carregar nos seus ombros. E meus anos já não permitem certos mimos de antigamente.


Mas me flagro, às vezes, desejando que você ainda pudesse administrar minha vida, escolhendo os caminhos mais seguros para eu caminhar.





Caminhada essa, livre de todo medo, por saber que você me observava a cada passo, tentando impedir meus tombos e tropeços.


Os anos passaram. E a vida não perdoa atrasos.


A cada dia, por mais que nenhum de nós tivesse pedido, menos controle você passou a ter sobre a minha vida. Não pôde escolher meus empregos como escolhia minhas escolas. Não pôde vetar aquela última dose de vodka como vetava o chocolate antes do almoço. Não pôde me ajudar com aquela baliza na vaga pequena como me ajudava com os pedais da bicicleta. Não pôde evitar a queda do meu celular na privada como evitou vasos quebrados por causa da bola dentro de casa.


E tudo aquilo que você fazia, e que um dia me pareceu infernal: horários estipulados para voltar para casa na noite de sábado, olhares tortos para amigos que não te pareciam boa coisa, reclamações por tempo demais no telefone, controle do dinheiro que eu tentava gastar, hoje faria todo sentido. Seria tão bom se hoje em dia você pudesse me garantir mais horas de sono, amigos mais confiáveis, uma conta de celular mais barata ou uma fatura de cartão de crédito um pouco menos imbecil…


Mas agora é comigo, pai.


E seria bom voltar ao tempo em que você me parecia imortal. Tempo em que era você quem se preocupava com a minha saúde e não eu com a sua. Tempo em que você tentava evitar meu resfriado ou ficava preocupado com meus 39 graus de febre. Mas hoje sou eu que cobro seus exames de sangue, seus exercícios físicos e tento te fazer ver que amendoim, álcool e carne vermelha não garantem uma velhice boa a ninguém.


Pois é, pai. No fundo, todo mundo já sabia que ia ser assim. Mas às vezes essa síndrome de Peter Pan nos invade e a vontade de ficar debaixo de suas asas é quase irresistível.


Mas a vida chama.


Então me levanto, lavo o rosto, vou trabalhar. Porque você me levou no colo, me carregou nos ombros, mas também me ensinou a caminhar com minhas próprias pernas. E se hoje estou na estrada, trilhando caminhos bonitos, você bem sabe que isso é obra sua.


E sabe, pai? Nesse domingo posso te dar um presente. Provavelmente não será grande coisa. Não é aquele super carro com o qual você ainda sonha, mas é fruto do meu trabalho. Fruto do que só existe por sua causa. Pela educação que você me deu, pelas notas das quais você reclamou na escola, pelas festas que você vetou em vésperas de prova.


E eu vou te olhar durante o almoço. Não com o encantamento que tinha aos 6 anos… Porque aos 6 anos era aquele amor cego das crianças. Já hoje, tenho esse olhar cirúrgico, avalio suas atitudes, aponto seus erros, reclamo dos seus defeitos. A verdade, pai, é que eu não te amo como antigamente. A verdade é que te amo ainda mais.


Te amo mais porque te vejo de verdade, com tudo de bom e de ruim, consciente de que você é um ser falho, como todos os outros, mas que, mesmo assim, consegue se manter como meu porto seguro, meu norte, aquele que me construiu, me guiou e ainda me guia, me acode nas quedas que não pode evitar, me ama com todos meus defeitos e é quem dá vida à ideia de “amor incondicional”.


É, pai, hoje você já não é tudo aquilo que foi para mim um dia.


Porque agora você é tudo aquilo que é para mim hoje. E hoje é amor dobrado, é amor firme e deliberado, desse filho, adulto e crítico, com um sentimento cada vez mais consolidado.

Grão de Amor

Grão+de+amor



Com todo respeito a quem diz que viver só é uma questão de escolha, não sou metade evoluída. Pra mim(para eu) viver um grande amor é questão de sobrevivência. Desde que me conheço por gente e que conheço gente do mundo todo, toda gente que eu conheço quer viver um grande amor.







Que graça teria a vida se não fosse pra isso, se não fosse para encontrar um amor grande desses? Um desses que fosse para sempre. Um desses de perder o sono, a fome, o tempo. Um que balance, que chacoalhe, que acabe com as unhas, com o juízo, com a sanidade mental. Mas que depois acalme a alma e sossegue o coração.



Mas para viver um grande amor, que brinco e chamo de   grão de amor, é preciso viver amores que não sejam grandes, amores que venham pela metade, que cheguem pra depois partir. Daqueles que não deixem saudade, apenas lembranças, e a certeza de que não eram grandes o suficiente.



Passei anos  procurando por esse amor. Pensei ter encontrado aos 15, quando a gente acha que vai morrer quando o grande amor, que nem era tão grande, mas a gente não sabia que não era grande, acaba.



Depois vieram os amores A, B, C. Foram todos meus amores, mas nenhum o tal grande amor, que você só descobre que é o tal quando finalmente se depara com algo que nunca sentiu, nunca viveu e nunca experimentou.



Até que um dia, você dá de cara com ele. E nem reconhece, porque ninguém sabe que cara tem o seu bendito grande amor. Não vem com etiqueta, não brilha no escuro, não dá 'match' quando aparece na sua frente.



E você pode perder o bonde do grande amor. Tenho certeza que ele passa algumas vezes por nossa vida, mas nem sempre estamos prontos ou queremos subir - e às vezes é ele que não para. Você nem percebe que pode ser o tal grande amor, porque amores grandes, pequenos e vagabundos começam quase sempre do mesmo jeito.



Eles vêm recheados de sorrisos descontrolados, abraços calorosos, beijos sem-vergonha, conversas sem fim e uma vontade de que as noites não acabem, que os finais de semana sejam eternos. Você quer dar bom dia. Bom almoço. Boa noite. Bom banho. Boa academia. Você só pensa nele o tempo inteiro.



Mas o grande amor quando é grande mesmo continua assim pelos dias que se seguem, pelos meses que se vão, pelos anos que passam. Dá trabalho. É preciso ter um saco de paciência porque ele nunca chega pronto. A gente precisa sovar, amassar e deixar descansar para que o amor cresça e se torne o grande amor.



E ele cresce. E quando você menos espera percebe que não tem apenas um grande amor. Tem um amigo de codinome AMOR, um companheiro de mesmo codinone, um parceiro de nome AMOR do qual trataremos da melhor forma. Alguém que está ali pra encarar numa boa toda a ladainha da alegria e da tristeza, da saúde e da doença. E tudo começa a fazer sentido.



E, então, é preciso estar preparado para dizer eu te amo sem amar mais ou menos, e encarar o tranco de alguém que te ama como você sempre quis, mas nem sabia como era porque nunca tinha vivido um grande amor. É preciso deixar que o amor sufoque, que invada o coração e o pulmão, porque não há grande amor que deixe o fôlego impune e a mente sadia.



Não, não existe a sorte de um grande amor tranquilo.



Esteja preparado para ter briga e ter raiva, ter choro e ter vela. E depois pegar a raiva, apartar a briga e implorar pelas pazes se preciso for. Mais vale um grande amor no coração do que ter razão numa briga de amor.



E depois de tudo, no fim de tudo, quando você deita naquele braço, no meio daquele abraço, tem a certeza de que aquele é o melhor lugar do mundo. E percebe que o seu mundo ficou melhor assim.



Pode ser que ainda inventem, pode ser que para muita gente haja outras motivações, mas eu ainda não conheço nesta vida nada que seja melhor do que viver uma história a dois. Ao lado da mulher que amamos.



Ao meu grande amor.





Música Grão de Amor - Arnaldo Antunes

Janeiro a Janeiro




De janeiro a janeiro." ( Junho de 2014)








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Abrir Portas


Quando abro a porta de uma nova descoberta, já encontro Deus lá de dentro.



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Nosso íntimo


Bonito
mesmo é essa coisa da vida: um dia, quando menos se espera, a gente se
supera. E chega mais perto de ser quem - na verdade - a gente é.
 






Achar

Se via alguém perfeito, sabia que estava nele mesmo a imperfeição de não ver defeito. Quando notava que algo não era, sabia que ainda assim um dia poderia ser. Quando tudo dava errado cantava, não iria se entregar, a música levava o que a alma não mais podia carregar. Quando sentia a falta dela, mentia prá si mesmo, fingia que nunca tinham se conhecido. No instante em que conheceu tamanha saudade sentiu medo de um futuro e do segundo seguinte sem ela, de uma vida incompleta, de um coração sem dono e de posses que não o pertenciam. Mas se o mundo trazia medos, procurava a certeza para continuar a acreditar. Quando perdia a certeza, passava a achar. E, assim, por anos e dias, ele achava que encontraria um grande amor e por achar ele finalmente um dia achou.

Filho




Há uma quebra na história familiar onde as idades se acumulam e se sobrepõem e a ordem natural não tem sentido: é quando o filho se torna pai de seu pai.

É quando o pai envelhece e começa a trotear como se estivesse dentro de uma névoa. Lento, devagar, impreciso.

É quando aquele pai que segurava com força nossa mão já não tem como se levantar sozinho. É quando aquele pai, outrora firme e intransponível, enfraquece de vez e demora o dobro da respiração para sair de seu lugar.



É quando aquele pai, que antigamente mandava e ordenava, hoje só suspira, só geme, só procura onde é a porta e onde é a janela – tudo é corredor, tudo é longe.

É quando aquele pai, antes disposto e trabalhador, fracassa ao tirar sua própria roupa e não lembrará de seus remédios.

E nós, como filhos, não faremos outra coisa senão trocar de papel e aceitar que somos responsáveis por aquela vida. Aquela vida que nos gerou depende de nossa vida para morrer em paz.



Todo filho é pai da morte de seu pai.



Ou, quem sabe, a velhice do pai e da mãe seja curiosamente nossa última gravidez. Nosso último ensinamento. Fase para devolver os cuidados que nos foram confiados ao longo de décadas, de retribuir o amor com a amizade da escolta.

E assim como mudamos a casa para atender nossos bebês, tapando tomadas e colocando cercadinhos, vamos alterar a rotina dos móveis para criar os nossos pais.

Uma das primeiras transformações acontece no banheiro.

Seremos pais de nossos pais na hora de pôr uma barra no box do chuveiro.

A barra é emblemática. A barra é simbólica.



A barra é inaugurar um cotovelo das águas.

Porque o chuveiro, simples e refrescante, agora é um temporal para os pés idosos de nossos protetores. Não podemos abandoná-los em nenhum momento, inventaremos nossos braços nas paredes.

A casa de quem cuida dos pais tem braços dos filhos pelas paredes. Nossos braços estarão espalhados, sob a forma de corrimões.

Pois envelhecer é andar de mãos dadas com os objetos, envelhecer é subir escada mesmo sem degraus.

Seremos estranhos em nossa residência. Observaremos cada detalhe com pavor e desconhecimento, com dúvida e preocupação.



Seremos arquitetos, decoradores, engenheiros frustrados. Como não previmos que os pais adoecem e precisariam da gente?

Nos arrependeremos dos sofás, das estátuas e do acesso caracol, nos arrependeremos de cada obstáculo e tapete.

E feliz do filho que é pai de seu pai antes da morte, e triste do filho que aparece somente no enterro e não se despede um pouco por dia.



Meu amigo José Klein acompanhou o pai até seus derradeiros minutos.

No hospital, a enfermeira fazia a manobra da cama para a maca, buscando repor os lençóis, quando Zé gritou de sua cadeira:

— Deixa que eu ajudo.

Reuniu suas forças e pegou pela primeira vez seu pai no colo.

Colocou o rosto de seu pai contra seu peito.

Ajeitou em seus ombros o pai consumido pelo câncer: pequeno, enrugado, frágil, tremendo.

Ficou segurando um bom tempo, um tempo equivalente à sua infância, um tempo equivalente à sua adolescência, um bom tempo, um tempo interminável.



Embalou o pai de um lado para o outro.

Aninhou o pai.



Acalmou o pai.

E apenas dizia, sussurrado:

— Estou aqui, estou aqui, pai!

O que um pai quer apenas ouvir no fim de sua vida é que seu filho está ali.

De dentro




Vejo o mundo lá fora e te sinto aqui dentro. Estou naquele lugar que a gente sonhou entrar junto, mas a cada dia é como se não fosse nada esse sonho. Eu queria que você estivesse aqui.



Não sabe o quanto é contraditório, pois por maior e necessária que seja a distância você está aqui. Ainda sinto cada abraço, a emoção de cada riso e confesso eu ficava bravo, nas várias vezes em que você não vinha, mas ainda assim eu gostava de te esperar.



Por você eu gostava até do que eu não gostava. Era melhor a dúvida e a esperança do que a agora certeza de que você não vai chegar. Por mais que hoje não estejamos juntos ainda assim estamos no mesmo mundo e disso não podemos fugir, isso não há como mudar.



E não sabe o quanto isso me conforta. Comparado a antes estamos longe, mas na grandeza do universo, incomparável à do amor, estamos mais perto do que as estrelas que eu sempre olho pedindo para que você esteja bem. Agora, mesmo sem eu estou bem.



Há sempre um jeito de pensar maior para que se torne menor toda a dor que a gente leva no peito.


Nunca é tarde


Nunca é tarde e o para sempre é verdadeiro.
Nunca é tarde para resgatar o olhar encantado, apesar da dor que parece não ter fim.
O amor na sua simplicidade e verdade é para sempre. Se não fosse, não estaríamos aqui.
Todavia, é preciso transcender para interiorizar essas verdades. É preciso coragem para aceitar sermos possuidores da sombra, parando de responsabilizar o outro pelo mal que nos acontece.



Como disse uma vez um amigo de outro plano para uma manamiga: somos diamantes brutos (presente de Deus). Se vamos ou não lapidar o diamante, é opção nossa. A ninguém cabe a lapidação, apenas a nós mesmos. Os amigos, sejam de que planos forem, podem nos ajudar, mas precisamos querer a lapidação e tomarmos consciência de que ela não se dará num piscar de olhos.



Lapidar-se não é santificar-se nem sujeitar-se ao que nos fere e faz sangrar.
Lapidar-se é se encarar de frente, entrar na caverna (se preciso for), ouvir o silêncio da alma, equilibrar razão e emoção e saber que nunca é tarde e o para sempre é verdadeiro.


Promessas



São tristes as manhãs que prometem mais um dia sem ela. São mais tristes ainda, as noites que cumprem esta promessa."
( Janeiro de 2014)


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Caixas



Revendo fotos e textos antigos na velha caixa, sinto-me um pouco intruso vasculhando minha infância. Não quero perturbar aquela menino no seu lindo ofício de acreditar em seu próprios sonhos.