O Caçador de Pipas
Postado por Paulo Cesar Salltorelli | Marcadores citação de livro, livro o caçador de pipas
Cartas para Marília
Postado por Paulo Cesar Salltorelli | Marcadores cartas para Marília Salltorelli
Escroto
Postado por Paulo Cesar Salltorelli | Marcadores escroto, imprestável. sujo
Você morreu várias vezes e me matou, também.
Seguidores
Postado por Paulo Cesar Salltorelli | Marcadores Seguidores do blog
Obrigado pelas inúmeras visitas seguidores. Peço desculpas por um lugar, aqui ou acolá, empoeirados, mas faz tempo que o meu peito não recebe visitas.
Choro
Postado por Paulo Cesar Salltorelli | Marcadores Choro
Pai, confesso que nesses últimos dias eu não estou tendo forças para nada! Ontem mesmo uma senhora me abraçou na porta de uma escola pedindo comida e eu segurei o choro. Não sei se foi o Senhor que a enviou para me consolar de alguma forma, mas desde de já te agradeço. Te agradeço pelo pão, pelo ar e por se encontrar presente mesmo quando todos insistem em ir embora. Humildemente te peço para aprofundar a minha fé, Senhor. Os dias são difíceis, doloridos e desgastantes. Mas creio que assim como o Senhor venceu o mundo, eu também vencerei.
Dor
Postado por Paulo Cesar Salltorelli | Marcadores Dor, mágoa, paulo salltorelli
Dor é assim mesmo. Arde, depois passa. Aliás, a vida é assim: arde, depois passa. A gente acha que não vai aguentar, mas aguenta. Pense assim: agora tá insuportável, agora você queria abrir o zíper, sair do corpo, virar um paralelepípedo ou qualquer outra coisa inanimada, anestesiada, silenciosa. Mas agora já passou. Agora já passou dez segundos depois da frase passada. Sua dor já é dez segundos menor do que duas linhas atrás. Você acha que não, porque esperar a dor passar é como olhar um transatlântico no horizonte estando na praia. Ele parece parado, mas aí você desvia o olho, toma um picolé, lê uma revista, dá um pulo no mar e quando vai ver o barco já tá longe. A sua dor agora, essa fogueira na sua barriga, essa sensação de que pegaram sua traqueia e seu estômago e torceram como uma toalha molhada, isso tudo - é difícil de acreditar, eu sei - vai virar só uma memória, um pequeno ponto negro diluído num mar imenso de memórias. Levante-se daí Paulo. Vá tomar um sorvete, ler uma revista, dar um pulo no mar. Quando você for ver, passou.
Encontros e Despedidas
Postado por Paulo Cesar Salltorelli | Marcadores Encontros e Despedidas, Filhos
Vidas. Vai e vem como estação de trem. Eles foram e um dia eu irei também. É um fato constatado, válido. Nós não são laços. Palavras não são compromissos. Já foi dito. Borracha nem tudo apaga. As vezes ela se esbarra no lápis e começa outra história. Memória? Sim, claro, com certeza. Memória é como aquela velha gaveta. Onde se encontra aquela antiga carta com aqueles antigos sentimentos, pensamentos. Sempre? Ficou para trás. O sempre saiu da boca daquele menina de cabelos cacheados que hoje em minha vida não se encontra mais. Pegou o trem e foi fazer, viver uma nova história. Uma linda história. E assim chegar e partir.
São só dois lados da mesma viagem, o trem que chega é o mesmo trem da partida.
Cicatrizes
Postado por Paulo Cesar Salltorelli | Marcadores marilia salltorelli, paulo salltorelli
As pessoas possuem cicatrizes. Em todos os tipos de lugares inesperados. Como mapas secretos de suas historias pessoais. Diagramas de suas velhas feridas. A maioria de nossas feridas pode sarar, deixando nada além de uma cicatriz. Mas algumas não curam. Algumas feridas podemos carregar conosco a todos os lugares, e embora o corte já não esteja mais presente há muito, a dor ainda permanece.