Petra
Postado por Paulo César Salltorelli | Marcadores Petra
Pouco a pouco as dores viram água, viram memória. As memórias vão com o tempo, se desfazem, mas algumas não encontram consolo, só algum alívio nas pequenas brechas da poesia. Você… é a minha memória inconsolável, feita de pedra e de sombra…”
Mãe
Postado por Paulo César Salltorelli | Marcadores anjo da guarda, mãe, protetora
10:53h
As pessoas não gostam de você. Gostam de sua utilidade. Se sua utilidade não for a que ela espera, elas não tem o menor pudor em ser cruel contigo. São males e afaste-se meu filho.
*Recado de mãe com sangue em suas mãos.
Apêndices
Postado por Paulo César Salltorelli | Marcadores frustração, Histórias
Você é aquela história que nos primeiros capítulos me encheram de risadas e de frio no estômago não vendo o momento que iria te ver. .Que pena que no final do livro só restou dor, lágrimas e um nó na garganta terrível e um não sei o quê de desapontamento pela pequena alma que te veste.
Danos colaterais
Postado por Paulo Cesar Salltorelli | Marcadores Danos, incapacidade
Tarde no Parque
Postado por Paulo Cesar Salltorelli | Marcadores Marília Salltorelli, Tarde no parque
Em baixo da boca
Postado por Paulo Cesar Salltorelli | Marcadores captopril, Pressão alta
Pressão altíssima. Beira a 20 e que apenas precisava: um remedinho na boca. Foram tantos pedidos e todos eles esquecidos. O corpo reage.
Suor, batimentos desenfreados e agitação.
Era só um comprimido de pressão.
Entre ramos
Postado por Paulo Cesar Salltorelli | Marcadores árvore, constatação, lua, luar
Nuvens
Postado por Paulo Cesar Salltorelli | Marcadores Marília Salltorelli, nuvens, Spirit
Silêncio da Noite
Postado por Paulo Cesar Salltorelli | Marcadores Noite de descanso, silêncio da noite
Cheguei à janela e olhei para o céu, um movimento que faço várias vezes até sentir o meu dia concluído e esperar a vinda do novo. Entendi, de repente, porque gosto tanto da noite, desde sempre: pelo silêncio dela. Eu sei que o silêncio pode ser ameaçador. Sei que muitas vezes põe pra tocar, no volume mais alto, músicas que nossos sentimentos cantam e que falam de coisas que a gente nem sempre quer ouvir. Mas o silêncio é também alimento. O silêncio é também descanso.
Nunca escrito
Postado por Paulo Cesar Salltorelli | Marcadores Poemas Salltorelli
De uns tempos pra cá, tenho acordado no susto. Sempre com a estranha sensação de estar atrasado para um compromisso que não existe. Sempre com aquela angústia desnecessária de estar devendo ao mundo um poema que nunca será escrito.
Deficiências da alma
Postado por Paulo Cesar Salltorelli | Marcadores Cegueira, pouco caso
Dores
Postado por Paulo Cesar Salltorelli | Marcadores Dores, marcas no corpo
A gente vai empurrando e deixando e remendando e engolindo e fingindo. Chega uma hora em que arrebenta a ferida: estoura, explode, sai pus, nojeiras e afins. É nesse momento que, ao invés de Band-Aid, pomada e beijinho, a gente precisa espremer mais um pouco e, quem sabe, enfiar o dedo fundo, forte, pesado e sentir a dor percorrer cada centímetro do corpo. É só após esse processo que tudo cicatriza – e a gente descobre até onde vai a própria força. E se supera. Você vai ver.
Vazios dos outros
Postado por Paulo Cesar Salltorelli | Marcadores Penetrar, vazio
É preciso saber ouvir. Acolher. Deixar que o outro entre dentro da gente. Ouvir em silêncio. Sem expulsá-lo por meio de argumentos e contra-razões. Nada mais fatal contra o amor que a resposta rápida. Alfange que decapita. Há pessoas muito velhas cujos ouvidos ainda são virginais: nunca foram penetrados. E é preciso saber falar. Há certas falas que são um estupro. Somente sabem falar os que sabem fazer silêncio e ouvir. E, sobretudo, os que se dedicam à difícil arte de adivinhar: adivinhar os mundos adormecidos que habitam os vazios do outro.
Inexata
Postado por Paulo Cesar Salltorelli | Marcadores primavera, regar
Por que regou as flores se não iria ficar para primavera?
Dona Lúcia
Postado por Paulo Cesar Salltorelli | Marcadores Lucia Salltorelli
Você se foi. Hoje sou um passarinho de asa quebrada. Não vim, nem vôo.
Três aninhos
Postado por Paulo Cesar Salltorelli | Marcadores marilia salltorelli
Aniversário de meu maior amor!
Prometo dedicar a você todo o meu amor e todo o cuidado que você merece. Prometo te fazer sentir amada todos os dias da sua vida. Prometo respeitar sempre as suas decisões mesmo que as vezes eu não concorde com elas. Seja a cor do seu cabelo, o estilo das suas roupas, a profissão que você escolher. Eu desejo de todo o meu coraçao estar do teu lado te apoiando em cada decisão que você tomar. Eu quero ser sempre o teu porto seguro, o teu melhor amigo...espero não falhar com isso. Eu quero te fazer sentir segura pra me contar sobre os seus medos, sonhos e frustrações, espero poder estar sempre presente pra te aconselhar.
Talvez nem sempre eu consiga, mas eu prometo me esforçar. Quero te fazer sentir o quanto você é amada, pra que você nunca permita que alguem te desvalorize, e, acima de tudo, eu prometo sonhar junto contigo os teus sonhos; não os meus, não as minhas projeções! e te encorajar sempre a segui-los... Você filha, chegou pra preencher todas as minhas lacunas, você é o meu anjo que veio do céu em forma de amor.
Feliz aniversário Marília Salltorelli. Papai te ama.